DOUTOR, ESTA SAFADINHA ,ESTÁ GRÁVIDA!





Mãe e filha aguardam na sala de espera do ginecologista pela vez, na qual a menina no esplendor dos seus 14 anos já está completamente, grávida.

É lógico, ninguém fica mais ou menos grávida.

A atendente então, pede para que ambas entrem no consultório.
-Como vão - pergunta o ginecologista, protocolarmente.
-Nada bem doutor - responde a mãe com as narinas abertas e ofegantes - ela está grávida.

-Não é o fim do mundo certo doutor?- tenta amenizar a criança que já tem no útero uma outra.

-Vamos ter calma.Tudo se resolve. A medicina tem tratado com casos desta natureza com mais freqüência do que bala perdida no meio da rua - assegura o médico.


-Mais esta piran..
-Olha mãe...- corta a filha a palavra indesejável que de nada acrescentaria ao diálogo.
Marta Helena, mãe da Suely é uma loira que já foi morena.Olhos verdes, boca carnuda e oferecida, seios generosos, 39 anos, ancas de mulher parideira, largas e bonitas, um par de coxas deslumbrantes e encontra-se com elas cruzadas, deixando parecer explicitamente que está de calcinhas.

A cor? Preta.
Sua filha, Suely é uma réplica, menos atrevida e com um corpo mais comportado do que a da mãe, mais guardadas as devidas proporções, parecidíssimas.Realmente a natureza poderia ser condescendente com corpos tão belos.

O sexo necessariamente não precisaria de camisinha, camisola, manto ou os escambal, para proteger o pênis masculino.Que ninguém nos escute, mas usar camisinha é pior do que chupar bala enrolada em papel. É igual ao cara que sempre sonhou ser cantor lírico e ter ficado mudo.



Ok, é necessário, todos devem usar, isto é outro papo.Marta Helena solta o verbo:



-Esta irresponsável, doutor me telefonava dizendo que estava na escola e na verdade estudava era no manual do prazer daquele fedelho...

-Fedelho, não mãe, seu futuro genro...
-Fedelho sim...Reafirmava a mãe enquanto ameaça dar uma tapa na cabeça da filha.
-Calma, vamos tratar do essencial, ofensas e discussões não levam a nada. A questão é resolvermos a questão médica.Você já está com dois meses e meio, vamos medicá-la, e traçar um pré-natal que faça com que seu bebê nasça bem bonito, certo Suely?
-É tudo que eu quero doutor.Meu parceiro diz que quer casar logo...
-Parceiro?- interrompe mais uma vez a mãe quase histérica. Aquilo nunca foi parceiro, é no máximo um transeunte na sua visa sua descarada...Ele está de passagem.Tomou só uma carona na sua condução.Você é somente um parque de diversão para ele.
A menina Suely faz caras e bocas de quem não está nem aí e assando a mão vagarosamente na barriga esboça um leve sorriso para o médico.Afinal por mais encrencada que seja, maternidade é maternidade.Por um momento todos ali se tornaram humanos e factíveis de erros, acertos. O negócio é bola pra frente.
Ao se despedirem o médico pergunta para Marta Helena, quando foi sua primeira gravidez.
-A mãe de Suely, abaixa os olhos o suficiente para não encarar o médico e diz com ternura:
-Eu também tinha a idade dela.Mas no meu caso foi absolutamente diferente, doutor.
E o médico contemporizador arremata.

-Acredito, acredito...







6 comentários:

Roberta Albano disse...

alsmaskldnasfnfbsdbfafa
=)
muito bom!
é sempre diferente

Bruna disse...

huahsuahsuahsuahuahsuahs..

incrível seu senso de humor!!


admirável admiradora você tem!!

:D

Davi disse...

Rs...

~~ Drika ~~ disse...

nossa...pior que é a mais pura verdade..acho natural as mães agirem dessa forma...
mas é sempre diferente na época delas...rsrs
mais uma vez,parabéns pelos textos..

Liz Dantas disse...

Realmente,as vezer os filhos repetem os atos e gestos dos pais.Só que os pais também se esqueçem que já tiveram a idade dos filhos e os filhos... que um dia terão a idade dos pais.
Parabéns pelo blog e muito obrigada por sua visita,espero que retorne mais vezes

Bruna disse...

é muito legal esse texto, sou jovem (16 anos ) e estou grávida!!!
alem de tudo é um momento mágico
beijinhos