SINTOMAS CLÁSSICOS DE QUE VOCÊ ENVELHECEU.


-Tinha mãe.

-Tosse.

-Só escuta rádio AM.

-Dá meias branca de presente.

- Ainda diz, estilo década de 50, que vai colocar “só a cabecinha” nas relações sexuais e, por esta razão responde a vários processos por sonegação no Procon, pelas mulheres atuais.

-Refere-se ao carnaval como “Folias de Momo”.

-Ouve música em rádio vitrola e disco de vinil.

-Assistiu ao primeiro programa do Casseta & Planeta.

-Chama a mulher de “minha patroa”,

- Não mistura manga com leite.

-Tem saudade do concurso de Miss Suéter

-Usa anáguas.

-Passa leite de Colônia na genitália

-Sua eterna e gostosa musa e Marta Rocha. Ela prefere o Mario Lanza.

-Conheceu Paulo Salim Maluf, ainda honesto.

-Ponto G para ele é Posto de Gasolina.

-Não toma banho depois das refeições.

-Desfila no bloco, Bola Preta.

-Chama dinheiro de contos: mil contos, dez contos...

-Usa palmilha no sapato.

-Não vira mais a cabeça para trás quando passa uma mulher gostosa.

-Chama as raríssimas paqueras de “minha princesa”.

-Joga cartas na pracinha do bairro.

- Vive lendo bula de remédio.

-Na cama o que mais sente é...dor.

-As meninas o chamam de “tio”, outras de vovô.

-Conserva ainda um bigode bem fininho e pretinho.

-Pinta o cabelo de preto-negro, tipo festa junina, ou à caju.

-Chama zíper de fecho éclair.

-Depois de fazer a barba passa álcool no rosto.

-Usa caneta tinteiro.

-Não abandona a máquina de escrever

-As expressões que mais utiliza: ”No meu tempo”, “quando eu era jovem”, “antigamente”, “eu era”, “já fui”, “eu fiz”, “eu tinha”, “na minha época não tinha isto”, “tenho saudade daquele tempo”e “vaga lembrança”.

-Diz que casa de massagem é rendez-vous.

-Só com viagra.

DOUTOR, ESTA SAFADINHA ,ESTÁ GRÁVIDA!





Mãe e filha aguardam na sala de espera do ginecologista pela vez, na qual a menina no esplendor dos seus 14 anos já está completamente, grávida.

É lógico, ninguém fica mais ou menos grávida.

A atendente então, pede para que ambas entrem no consultório.
-Como vão - pergunta o ginecologista, protocolarmente.
-Nada bem doutor - responde a mãe com as narinas abertas e ofegantes - ela está grávida.

-Não é o fim do mundo certo doutor?- tenta amenizar a criança que já tem no útero uma outra.

-Vamos ter calma.Tudo se resolve. A medicina tem tratado com casos desta natureza com mais freqüência do que bala perdida no meio da rua - assegura o médico.


-Mais esta piran..
-Olha mãe...- corta a filha a palavra indesejável que de nada acrescentaria ao diálogo.
Marta Helena, mãe da Suely é uma loira que já foi morena.Olhos verdes, boca carnuda e oferecida, seios generosos, 39 anos, ancas de mulher parideira, largas e bonitas, um par de coxas deslumbrantes e encontra-se com elas cruzadas, deixando parecer explicitamente que está de calcinhas.

A cor? Preta.
Sua filha, Suely é uma réplica, menos atrevida e com um corpo mais comportado do que a da mãe, mais guardadas as devidas proporções, parecidíssimas.Realmente a natureza poderia ser condescendente com corpos tão belos.

O sexo necessariamente não precisaria de camisinha, camisola, manto ou os escambal, para proteger o pênis masculino.Que ninguém nos escute, mas usar camisinha é pior do que chupar bala enrolada em papel. É igual ao cara que sempre sonhou ser cantor lírico e ter ficado mudo.



Ok, é necessário, todos devem usar, isto é outro papo.Marta Helena solta o verbo:



-Esta irresponsável, doutor me telefonava dizendo que estava na escola e na verdade estudava era no manual do prazer daquele fedelho...

-Fedelho, não mãe, seu futuro genro...
-Fedelho sim...Reafirmava a mãe enquanto ameaça dar uma tapa na cabeça da filha.
-Calma, vamos tratar do essencial, ofensas e discussões não levam a nada. A questão é resolvermos a questão médica.Você já está com dois meses e meio, vamos medicá-la, e traçar um pré-natal que faça com que seu bebê nasça bem bonito, certo Suely?
-É tudo que eu quero doutor.Meu parceiro diz que quer casar logo...
-Parceiro?- interrompe mais uma vez a mãe quase histérica. Aquilo nunca foi parceiro, é no máximo um transeunte na sua visa sua descarada...Ele está de passagem.Tomou só uma carona na sua condução.Você é somente um parque de diversão para ele.
A menina Suely faz caras e bocas de quem não está nem aí e assando a mão vagarosamente na barriga esboça um leve sorriso para o médico.Afinal por mais encrencada que seja, maternidade é maternidade.Por um momento todos ali se tornaram humanos e factíveis de erros, acertos. O negócio é bola pra frente.
Ao se despedirem o médico pergunta para Marta Helena, quando foi sua primeira gravidez.
-A mãe de Suely, abaixa os olhos o suficiente para não encarar o médico e diz com ternura:
-Eu também tinha a idade dela.Mas no meu caso foi absolutamente diferente, doutor.
E o médico contemporizador arremata.

-Acredito, acredito...