AVISA QUE VAI CHEGAR MAIS CEDO!


                                                              
                                                                     

Manda a boa ética da convivência entre os casais que, quando existe alguma mudança repentina de horários, seja na chegada ou saída dos cônjuges (eta nome esquisito!) de casa que, aquele que sem combinar, mudou seus tradicionais e arraigados hábitos e para não ser um estorvo na vida da limpeza e arrumação diária do lar, avise ao outro, tipo:
-Olha amor tô chegando agora.
Não custa nada fazer isso, é um sintoma saudável de respeito, mesmo na sua própria casa,  e se tivesse feito isto, aquele homem, absolutamente fora do horário de rotina de voltar para casa, jamais teria escutado o que não queria, pois ,ao entrar  viu a porta  do quarto fechada e lá dentro sua companheira, falava:
-Seu safado, eu vou te ensinar a não fazer mais isso. Não vou mais confiar em você seu vagabundo, mal agradecido, ingrato pois, mesmo eu deixando você desfrutar da mordomia desta casa é assim que você agradece? Já pensou se falo com o meu marido esta patifaria que  você acabou de fazer comigo? Já pensou na desgraça que haveria?


Do lado de fora o companheiro não acreditava no que estava ouvindo. Como supor aquele tipo de deslealdade da sua mulher, após tantos anos morando juntos e devotando integral  fidelidade a ela.
Com  o sangue subindo à cabeça, foi até o esconderijo na cozinha onde guardava sua arma, a empunhou e quando já se dirigia para o quarto, de porta trancada, ouviu este derradeiro desabafo:
-A culpada fui eu, deveria tratar você como você é, mas sempre achei que dar meu amor irrestrito a você, seria um ato até de piedade, pois, você nunca largou da minha saia seu ingrato, jamais aceitou eu não querer mais você. Nossa, como eu me arrependo de deixar que isto tenha acontecido e dentro da minha própria casa.
Não aguentando mais aquilo, o homem atirou na fechadura numa reação típica de cassada policial e quando entrou viu sua mulher de quatro olhando para debaixo da cama que assustada disparou:
-Enlouqueceu homem?
-Quem está aí debaixo da cama? Quem é este maldito safado, sua traidora?
-Quis saber ensandecido o cara e babando mais que criança recém-nascida.
E mesmo antes dela responder, ao olhar para cima da cama viu uma bela e extensa urinada de cor amarelada forte, típica e que denunciava, pelo odor, o causador de tudo aquilo: Seu estimado e lindo cachorrinho.
                                                   

                                               

                                             

4 comentários:

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Boa noite, Paulo, falamos tanto em confiança, portanto na primeira desconfiança, sequer paramos para analisar o que realmente houve, o caso do personagem, do seu texto.
Sabemos que a vida real nos traz muitos casos semelhantes.É fácil usar a imaginação quando ouvimos o que queremos ouvir ou vemos apenas o que nos convém. Pagou mico, mesmo. Foi pouco rsssssssssssss
Abraço!

Unknown disse...

Paulo, muito bom o texto, rindo aqui, e a gente chega sempre a pior conclusão, imagina se alguém iria pensar no pobre do cachorrinho? Nessa hora o marido nem sabia que tinha cachorro em casa e os vizinhos, já deveriam estar alarmados com o tiro... Eta, vida de cão, ou de marido, nem sei mais, rs.
Como diria Nelson Rodrigues: "Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém."
Um abração carioca!

PAULO TAMBURRO. disse...

MARLI,

verdade Marli, para quem usa a imaginação um cachorro é pouco!!!

Um abração carioca.

PAULO TAMBURRO. disse...

sub helena,

adorei a frase do Nelson que não conhecia.

Mas é uma grande verdade,pois, só a s adulteras despertam interesse, as pudicas, as corretas, nenhum comentário.

É mais ou menos aquele negócio de que, a mulher que andou na linha o trem matou...se morreu, todo mundo esqueceu.

Mas.as adulteras despertam,despertam,despertam...(rs)

Um abração carioca.