São nos papos de botequim, nos quais a capacidade de transmissão da cultura pela oralidade dos grupamentos humanos se faz de forma tão abundante e adquirem a mesma veracidade, autenticidade e correção, daquelas mais caras e elaboradas nas pesquisas dos famosos institutos especializados.
Já e neste momento, no entanto, devemos fazer uma pequena, mais necessária digressão entre um papo de botequim entre mulheres e outros nos quais só os homens participam.
E o que se nota?
Afirmam os homens que, os das mulheres, são rápidos, pois se reúnem, falam mal de todas as amigas ausentes, comentam as ultimas traições das colegas, em geral bebem muito pouco e vão embora. A maioria não dá gorjeta!
Uma hora de papo seria uma eternidade!
Já os homens - segundo a versão suspeita, deles próprios - são capazes de ficar horas intermináveis falando de tudo, desde que seja mulher e futebol.Bebem muito e não estão interessados em quem é corno ou será brevemente.
Parece que existe um consenso entre os homens que um dia, serão cornos, quando serão, e os escolhidos para entrar por esta ampla porta - diferentemente daquela mencionada no texto bíblico para a salvação eterna - ninguém quer saber.
- “Garçom trás mais um chope”, e o papo continua.
Mas um tema é essencialmente interessante, em ambos os “grupos de trabalho”, nos quais procurou-se descobrir o que eles pensam, por que as pessoas se casam e os depoimentos referem-se sempre aquilo que eles notaram nos “outros”, pois em geral as pessoas jamais assumem a verdadeira identidade e, muito menos que estão contando, muitas das vezes as suas próprias estórias.
Imersos na clandestinidade já ouvimos muitas conversas sobre esta questão instigante, na qual um cara, por exemplo, dizia que conhecia um amigo que se casou porque descobriu que a mulher sabia fazer arroz doce, aletria, pudim de pão e era perfeita na preparação de um bobó de camarão. Presume-se que a cama deste casal fosse uma verdadeira cesta básica governamental de guloseimas e o azeite de dendê, o substituto da tradicional vaselina do tempo dos seus avós.
Um alto executivo e homossexual, discriminado sistematicamente, por seus colegas em geral, casou-se com uma lésbica muito sua amiga. Para que este casamento fosse produtivo, ele levou um grande e musculoso amigo para ser seu mordomo, e ela sua inseparável professora de Tai Chi Chuan, na intimidade chamada de Pezão. Aí a balança funcionou .
No entanto, o campeão das razões coletadas e que indicam as razões pelas quais as pessoas casam, foram os desgraçados incômodos, as insuportáveis reuniões de bailes funks dos vizinhos até de madrugada, nos quais, segundo a depoente ouviam-se até os pentelhos do baterista vibrando na Trompa de Eustáquio dos moradores.
Foram citados, também, os intermináveis latidos diuturnos de um cão pitbull sem nenhuma educação ou senso de urbanidade, que infernizava a vida dos mais próximos. Esta mulher então optou em morar com seu gato humano, que apesar de não miar, a fazia urrar nos momentos apropriados. Se é que, tal afirmação, não passava de uma simples propaganda enganosa ou fanfarronice.
Também, aquele maldito cheiro de carne queimada, em geral denominada de churrasco e os bebuns que ficam gritando gratuitamente, palavrões, o excesso de torcedores do flamengo que infernizavam a rua, pois bebem e brigam na vitória, derrota ou no empate do seu time de coração, serviram de razão inadiável para o casamento de uma moçoila.
No entanto, o mais insólito depoimentos destes indefectíveis papos de botequim foi o daquela mulher que o seu grande sonho era ter, naquele dia, dois órgãos, exclusivamente para si: O da igreja, geralmente enorme e, naturalmente o outro, do seu parceiro na alcova, este cuja centimetragem é sempre uma questão de ponto de vista, idêntico àquele que acha que um copo com água pela metade está meio cheio, e o outro que afirma estar meio vazio.
Nestes casos, a verdade depende da sede de cada um!
Já e neste momento, no entanto, devemos fazer uma pequena, mais necessária digressão entre um papo de botequim entre mulheres e outros nos quais só os homens participam.
E o que se nota?
Afirmam os homens que, os das mulheres, são rápidos, pois se reúnem, falam mal de todas as amigas ausentes, comentam as ultimas traições das colegas, em geral bebem muito pouco e vão embora. A maioria não dá gorjeta!
Uma hora de papo seria uma eternidade!
Já os homens - segundo a versão suspeita, deles próprios - são capazes de ficar horas intermináveis falando de tudo, desde que seja mulher e futebol.Bebem muito e não estão interessados em quem é corno ou será brevemente.
Parece que existe um consenso entre os homens que um dia, serão cornos, quando serão, e os escolhidos para entrar por esta ampla porta - diferentemente daquela mencionada no texto bíblico para a salvação eterna - ninguém quer saber.
- “Garçom trás mais um chope”, e o papo continua.
Mas um tema é essencialmente interessante, em ambos os “grupos de trabalho”, nos quais procurou-se descobrir o que eles pensam, por que as pessoas se casam e os depoimentos referem-se sempre aquilo que eles notaram nos “outros”, pois em geral as pessoas jamais assumem a verdadeira identidade e, muito menos que estão contando, muitas das vezes as suas próprias estórias.
Imersos na clandestinidade já ouvimos muitas conversas sobre esta questão instigante, na qual um cara, por exemplo, dizia que conhecia um amigo que se casou porque descobriu que a mulher sabia fazer arroz doce, aletria, pudim de pão e era perfeita na preparação de um bobó de camarão. Presume-se que a cama deste casal fosse uma verdadeira cesta básica governamental de guloseimas e o azeite de dendê, o substituto da tradicional vaselina do tempo dos seus avós.
Um alto executivo e homossexual, discriminado sistematicamente, por seus colegas em geral, casou-se com uma lésbica muito sua amiga. Para que este casamento fosse produtivo, ele levou um grande e musculoso amigo para ser seu mordomo, e ela sua inseparável professora de Tai Chi Chuan, na intimidade chamada de Pezão. Aí a balança funcionou .
No entanto, o campeão das razões coletadas e que indicam as razões pelas quais as pessoas casam, foram os desgraçados incômodos, as insuportáveis reuniões de bailes funks dos vizinhos até de madrugada, nos quais, segundo a depoente ouviam-se até os pentelhos do baterista vibrando na Trompa de Eustáquio dos moradores.
Foram citados, também, os intermináveis latidos diuturnos de um cão pitbull sem nenhuma educação ou senso de urbanidade, que infernizava a vida dos mais próximos. Esta mulher então optou em morar com seu gato humano, que apesar de não miar, a fazia urrar nos momentos apropriados. Se é que, tal afirmação, não passava de uma simples propaganda enganosa ou fanfarronice.
Também, aquele maldito cheiro de carne queimada, em geral denominada de churrasco e os bebuns que ficam gritando gratuitamente, palavrões, o excesso de torcedores do flamengo que infernizavam a rua, pois bebem e brigam na vitória, derrota ou no empate do seu time de coração, serviram de razão inadiável para o casamento de uma moçoila.
No entanto, o mais insólito depoimentos destes indefectíveis papos de botequim foi o daquela mulher que o seu grande sonho era ter, naquele dia, dois órgãos, exclusivamente para si: O da igreja, geralmente enorme e, naturalmente o outro, do seu parceiro na alcova, este cuja centimetragem é sempre uma questão de ponto de vista, idêntico àquele que acha que um copo com água pela metade está meio cheio, e o outro que afirma estar meio vazio.
Nestes casos, a verdade depende da sede de cada um!
Depoimento tragicômico foi daquele amigo nosso que afirmava que um “amigo seu” ( é sempre a mesma estória ) casou-se, só para que todos os seus outros amigos ficassem morrendo de inveja por terem a certeza de que ele estaria, naquela semana afrodisíaca, em Campos do Jordão, comendo a sua mulher.
Pois, segundo a voz geral dos machos de plantão, se é coisa que homem não suporta é saber que outro homem esteja comendo uma outra mulher, mesmo que esta seja a sua própria esposa, e numa merecida Lua de mel.
Conversas de botequim.
Pois, segundo a voz geral dos machos de plantão, se é coisa que homem não suporta é saber que outro homem esteja comendo uma outra mulher, mesmo que esta seja a sua própria esposa, e numa merecida Lua de mel.
Conversas de botequim.