JOÃO GILBERTO COM HUMOR.





Grande João Gilberto, você foi na hora certa cumprindo a  sua conduta chamada excêntrica marca genial da sua personalidade, afinal se estava fazendo show e alguma garganta atrevida tossia , ou aquele outro atendia ao celular estressado e apressadinho aplaudia você no meio da musica o que fazia? Levantava-se e ia embora! João você não aguentava barulho de gente comendo amendoim, pipoca ou chupando cana durante suas impecáveis  apresentações. Será que era difícil perceber que ali estava o Deus da bossa nova, o mais diferente de todos em todos os jeitos e trejeitos e internacionalmente aplaudido, reconhecido, amado e respeitado musico, verdadeiro patrimônio da humanidade? Sua excentricidade aos 88 anos não resistiu continuar tocando e cantando para esta platéia medíocre que se tornou a sociedade brasileira que prisca era você tanto amou.Mas de saco cheio  com a impossibilidade de sentir saudade  desta lenga -lenga de feminicidos, fascismos de lá, comunismos de cá, vieses ideológicos que se tornou a palavra mais pronunciada neste Brasil do ódio e separado ,cindido, dividido e perdido na mediocridade de quem quer a posse e o porte de muitas mais armas para matar.Não aprenderam com você a máxima de que: “quem quer todas as notas fica numa nota só”. A nota da corrupção!

                                                                                         

Você não aguentou,olhou de soslaio aquela porcariada e levantou,colocou o violão no ombro e mandou esta gente pobre de cabeça congelar neste inverno. Esses caras acreditam que, é possível ao contrario do que você propunha, viver felizes sozinhos e mergulhados nos bilhões roubados da merenda escolar.
Tanta insensatez, não é João?
João, você sempre foi assim e agora  sentia-se perturbado para ir embora  se  lixando para se a justiça tinha tirado a venda e não era mais cega, se  o tal do Maia continuava brincando com seu exercito de Brancaleone contra meia dúzia de políticos ordinários,interesseiros,intragáveis. E você o rei da sonoridade da bossa-nova não aguentava mais ouvir em reforma da previdência neste país caótico, assustado e mergulhado numa economia estagnada com treze milhões de desempregados e um porrilhão de desalentados.
“Desalentados” daria mote para uma nova musica, João? Você nem quis saber? Com certeza!
João você sempre soube a hora de deixar para trás os intrusos que não lhe permitiam usar este ouvido absoluto e seus dedos mágicos dedilharem ao som desta voz que jamais ninguém ousou criticar pela suavidade, beleza e afinação impecável e agora não foi diferente.
Levantou-se e foi embora para sempre!