CORNOLATRIA DOS ASSUMIDOS.

 


Como fico entediado com esses discursos intricados, rebuscados  e semeados de pesquisas incansáveis que, abrangem desde os nossos índios tupiniquins pátrios até o mais solitário dos solitários e tristes suecos congelados por dentro e por fora naquele país onde os pecados capitais inexistem e por falta de coisa melhor para fazerem eles se suicidam!

Chegou ao meu conhecimento um profundo estudo sobre a traição e infidelidade humanas que não só me deixou com coceiras na pele que imediatamente fui ao espelho procurar pelos malditos carrapatos estrela tentando afastar de mim a fantasia daquela possivel febre maculosa. Tinha de tudo naquelas inúteis bem traçadas linhas, inclusive a diferença entre traição e infidelidade. Portentosos e sábios intelectuais classificavam como traição ter relações sexuais, flertar e até mesmo envolver-se virtualmente de forma romântica com terceiros e sob a titulação de infidelidade nomeiam nada mais , nada menos do que treze categorias entre as quais: Infidelidade por impulso, infidelidade hedonista, infidelidade por ninfomania, infidelidade por baixo autoestima entre outras. Não me peçam para dissecar cada uma delas pois, basta ter tido o primeiro e grande sofrimento ao ter que ler aquilo tudo pela primeira vez e agora reviver aquilo, jamais. Se volto ao assunto aqui é puramente para fazer uma catarse pois, além de boletos bancários agora querem que eu também pague pelo simples fato de estar respirando e ter uma libido saudável!

Ora porra!

Já diziam os antigos: Lavou está limpo. Suas avós talvez um dia tenha-lhes ensinado essa filosofia simples e reta e não menos higiênica. E não sou daqueles que vivem pensando, escrevendo livros e fazendo pesquisas sobre traição e infidelidade no amor, pois com certeza, aqueles pobres diabos não moram à beira mar onde todas essas bobageiras podem ser afastadas com um belo mergulho nas ondas do mar, após termos corrido nossos quinhentos metros sobre a espetaculosidade do sol desse tropico caliente e maravilhoso que transformam sempre o outro numa desejável golada de água de coco bem gelada. O fundamental é: Bebe quem precisa! O resto é conversa de povos nórdicos mergulhados até a alma nas geleiras intermináveis das suas cidades/freezer. Não tenho a menor intenção de ter ser um phd  em cornolatria e jamais me peguei distraído e querendo assumir a hipótese de ser traído ou vitima de uma infidelidade. Talvez a razão maior dessa minha eterna e irremovível autoconfiança esteja no fato de que, sempre confiei no meu taco e quando percebo estar na proximidade de um pessoa imbuída da necessidade de assumir sua cornolatria genética usando-me como pretexto, peço licença, saio sacudindo a areia do corpo e caio de cabeça nas ondas do mar.

Haja litoral.