A MULHER QUEBRA-PEDRA!

                                                                    


Com certeza você já ouviu falar desta plantinha, a famosa quebra-pedra, que em geral sai das juntas dos pisos e paredes, rompendo com facilidade a dureza dos muros de cimentos e até das rochas.
É muito conhecida, e o seu chá é tomado para destruir e expelir pedras ou cálculos renais com eficiência comprovada.
Na vez que eu precisei tomar (tomar não, nem ficaria bem, beber: assim é melhor), unia o útil ao agradável e com o chazinho milagroso eu tomava umas cervejinhas geladas e muito diuréticas, também.

Pois então, aqui começa a historinha de um tal de Lindolfo Apucarana que vivia alardeando
o tamanho e o diâmetro de seu instrumental fálico por ele sempre, exageradamente, qualificado como uma das verdadeiras maravilhas do mundo.

Cecília, sua companheira, vivia sempre muito irritada com as bazófias libidinosas daquele garanhão que ela até achava gostosinho, bom de cama,mas na verdade não estava lá com essa bola toda, pois, era metido pra cacete!

Sem duplo sentido, por favor!

E um belo dia Cecília resolveu mostrar também suas armas e baixar um pouco a bola do fanfarrão Lindolfo Apucarana.

- Vou querer ver hoje se este monumento, como você mesmo diz, verdadeiro obelisco do prazer, na sua irritante concepção, vai dar conta mesmo do recado- desafiou Cecília estufando o peitão, empinando o bundão e fazendo caras e bocas de tarada devassa.
- Vem mesmo, mulher, ta vendo como “ele” já esta? Olha aqui, enorme, verdadeira viga de concreto armado envernizada e brilhando. Eu acho "ele" tão formidável que se eu pudesse comia a mim mesmo - cantou de galo o machão da Cecília com a respiração ofegante e abrindo as narinas como um búfalo no cio.
-Isso mesmo, assim que eu gosto e vamos à festa “seu” viga de concreto armado!
Cecília, tinha resolvido acabar com aquelas fanfarronices do Lindolfo Apucarana e exigir mais dele do que fazem os pilotos de Formula Um quando não querem perder a primeira colocação e atocham o pé no acelerador do carro, só que ela queria mesmo é que ele atochasse muito e demoramente, era aquele tal de Colosso de Rhodes, nela!

Só de preliminares ela provocou tanto tempo que nem parecia que haveria mais o jogo principal e mesmo assim, escutava as provocações do machão:

-Isso, ta vendo como “ele” está? Uma verdadeira rocha, nem as brocas de perfuração de poço de petróleo são mais eficientes. Ta vendo esta verdadeira viga de concreto armado?
Nossa eu nem acredito que tenho mesmo tudo isso!- Falava aquele fanfarrão metido a maioral!

Depois de horas de intensas preliminares veio a “primeira”, e para a “segunda” se viabilizar Cecília nem deu tempo para aquele garanhão provedor respirar e tome mais cavalgada, por trás na frente, na frente por trás, por cima exigindo verdadeira função de bate-estaca do Lindolfo Apucarana e também de ladinho tipo conchinha, de pé, deitado novamente, ela de quatro, de cinco de seis e sabe-se lá de quanto mais o quê!

Finalmente, exausto, sôfrego muito amarelado, ofegante e louco para que o mundo terminasse em sorvete para ele só precisar cair de boca, Lindolfo Apucarana olha para a sua antiga pirâmide e agora só vê uma mirrada minhoca encolhida, esquálida e derrotada.

Cecília, então do alto da sua soberba e provocativas insinuações cutuca o leão, agora quase sem vara:

-Vamos, mais umazinha querido? Coisa rápida. Mais uma horinha e pronto!

Ele com um sorriso maroto de canto de boca, puxou então Cecília para o seu lado e reconheceu:
-Ok, desabou a viga de concreto armado! (risos generalizados)
E para marcar território, como fazem as fêmeas vitoriosas, ela disse:
-À partir de hoje, “seu” viga de concreto armado, metidindo à besta, pode me chamar de Cecília quebra-pedra e baixa tua bola...porque o resto eu já abaixei! (mais risos, agora entre tapas e beijos).