Manda a boa ética da convivência entre os casais que, quando existe alguma mudança repentina de horários, seja na chegada ou saída dos
cônjuges (eta nome esquisito!) de casa que, aquele que sem combinar, mudou seus
tradicionais e arraigados hábitos e para não ser um estorvo na vida da limpeza
e arrumação diária do lar, avise ao outro, tipo:
-Olha amor tô chegando agora.
Não custa nada fazer isso, é um sintoma saudável de respeito,
mesmo na sua própria casa, e se
tivesse feito isto, aquele homem, absolutamente fora do horário de rotina de
voltar para casa, jamais teria escutado o que não queria, pois ,ao entrar viu a porta do quarto fechada e lá dentro sua companheira,
falava:
-Seu safado, eu vou te ensinar a não fazer mais isso. Não
vou mais confiar em você seu vagabundo, mal agradecido, ingrato pois, mesmo eu
deixando você desfrutar da mordomia desta casa é assim que você agradece? Já
pensou se falo com o meu marido esta patifaria que você acabou de fazer comigo? Já pensou na
desgraça que haveria?
Do lado de fora o companheiro não acreditava no que estava ouvindo. Como supor aquele tipo de deslealdade da sua mulher, após tantos anos morando juntos e devotando integral fidelidade a ela.
Com o sangue subindo
à cabeça, foi até o esconderijo na cozinha onde guardava sua arma, a empunhou e
quando já se dirigia para o quarto, de porta trancada, ouviu este derradeiro
desabafo:
-A culpada fui eu, deveria tratar você como você é, mas sempre
achei que dar meu amor irrestrito a você, seria um ato até de piedade, pois,
você nunca largou da minha saia seu ingrato, jamais aceitou eu não querer mais
você. Nossa, como eu me arrependo de deixar que isto tenha acontecido e dentro
da minha própria casa.
Não aguentando mais aquilo, o homem atirou na fechadura numa
reação típica de cassada policial e quando entrou viu sua mulher de quatro
olhando para debaixo da cama que assustada disparou:
-Enlouqueceu homem?
-Quem está aí debaixo da cama? Quem é este maldito safado,
sua traidora?
-Quis saber ensandecido o cara e babando mais que criança recém-nascida.
-Quis saber ensandecido o cara e babando mais que criança recém-nascida.
E mesmo antes dela responder, ao olhar para cima da cama viu
uma bela e extensa urinada de cor amarelada forte, típica e que denunciava, pelo odor, o
causador de tudo aquilo: Seu estimado e lindo cachorrinho.