VERSÃO CRUEL DE : AH, DELÍCIA ASSIM VOCÊ ME MATA!







Divaldo Persinoto, não é aquilo que se pode chamar um homem que despertava, mesmo para as mulheres que vivem perseguindo desejáveis múltiplos orgasmos fantasiosos , nenhuma grande inspiração, porém, tinha uma carga de testosterona nas veias que o transformava num desejável búfalo no cio sempre que, uma mulher cruzava seu caminho.

Esbarrou com Célia Maria na entrada do Teatro Municipal aqui no Rio de Janeiro, quando ia assistir ao Lago dos Cisnes.

Olhares se cruzaram, mãos trêmulas se tocaram, ele percorrendo-lhe o braço bronzeado e cheio de pelinhos que lembrava um pêssego e ela entre surpresa e inevitavelmente atraída, alisou-lhe a barriga, como as mães de recém nascidos fazem para acalmar-lhes as cólicas.

E um fulminante diálogo fez-se a seguir:

-Prazer Divaldo Persinoto.
-Prazer Célia Maria.




-Então, Célia Maria gosta de balé clássico?
-Detesto, mas ganhei esse convite, e não ia jogar fora certo?
-Certo , mais poderíamos esquecermos a morte deste cisne e procurarmos,quem sabe, pela vida dos nossos desejos, pois Maria Célia está rolando uma química que é verdadeira coisa de pele entre nós dois.
-Também to sentindo

-É coisa de pele e nem posso ficar tocando muito em você , pois como não uso cueca, as evidências do que lhe falo, esta começando a ficar tão explícita que pensarão que estamos encenando,aqui, o despertar do ganso .(Muitos risos).

Célia Maria então, com aquele olhar rasante e diretíssimo para a área abaixo da linha da cintura do Divaldo Persinoto,suspira, entrega os pontos, sapeca, toda molezinha e se derretendo.

-Ui, que cena fantástica! Duvido que aquele cisne morto e chato, tivesse coisa melhor a me apresentar - entrega-se de corpo alma, penas e bico a sensual Célia Maria.

Percebendo que a presa já esta tecnicamente abatida,Divaldo Persinoto, dá o golpe de misericórdia:

-Vamos
-Vamos pra onde? – Pergunta Célia Maria com aquela carinha de safada dissimulada que sabe exatamente, onde o ganso experto vai chegar

-Vamos!- simplesmente repete o nosso varão, agora em tom determinado.

-Sim, é exatamente isso, temos de ir! – arremata Célia Maria, com um certo ar de filósofa dos amassos lbidinosos e como se aquela fosse a última!

E lá se foram, rumo ao paraíso de beleza e entrega total!

Já na caverna do Batganso ,super-herói vitorioso sobre aquele cisne esquisitão que morre sôfrego, ela se joga em seu pescoço e enfia-lhe uma centimetragem admirável de língua na boca de Divaldo Persinoto, ao som do sambinha imortal da bossa –nova, o pato , porém recuando extemporaneamente da intenção original pra perguntar:

-Você comeu sanduíche de mortadela hoje?
- Pela manhã responde Divaldo Persinoto.
-Mas até agora pedaços substanciais desta porcaria estão dançando entre os seus dentes
-Como assim, Célia Maria?
-Você não escova os dentes?

Entre revoltado e com a autoestima ferida Divaldo Persinoto arranca bruscamente a camisa e imobiliza Célia Maria, com um abraço que nem os mais rudes ursos não ousariam fazer.

-Espera, seu desodorante deve ter vencido semana passada, que maldição! - E afastasse levando as mãos às narinas.Tudo ruim!

Pensando estar sendo vitima pela primeira e vez em sua vida de um bullying sexual, Divaldo Persinoto, tira as calças e os sapatos e ai provoca uma inesperada reação de Célia Maria que decreta:

-Cara, você tem um odor pior do que aquele cisme morto que deixamos no teatro, depois de uma semana de putrefação, seus pés são a essência de um cheiro macabro,e das suas axilas perversas, emanam uma onda de vibrações indesejáveis que ferem meus olfatos, assassinando minha paciência de aturá-lo e, por favor, não fale nada, pois, seu hálito está insuportável .

-Eu vou tomar banho – afirma, o Divaldo Persinoto.

Tarde demais, pois Célia Maria já se vestia, fazendo cara de reprovação e cantando em tom sarcástico e debochado, o outro lado mas sombrio e indesejável da proposta original da musiquinha: Ah, delicia assim você me mata!

Célia Maria , pelo visto optou pela sobrevivência.