Beti Calábria era, digamos assim, pouco letrada, pois sempre foi muito assediado pelos homens e vivia matando aula para atender as paixões incontidas da garotada.
Até chegou a entrar para faculdade, mas os touros no cio nunca davam chance dela cumprir suas obrigações escolares. E, realmente ela gostava de servir, tinha uma alma doce e caridosa, além, de um rosto perfeito, desenhado a mão pela natureza e coxas irresistíveis.
Finalmente, casou-se com um dos rapazes que mais a levava para os motéis das redondezas da faculdade.
Atualmente, aos 26 anos continuava uma linda mulher. Beti Calábria, filha de italianos, cabelos pretos longos, nariz empinado e corpo escultural, era casada com Juliano Mauro, carioca da gema e mais escorregadio que peixe pequeno, em pescaria de amadores, de fim de semana.
Viviam as turras, mas amavam-se intensamente, pois Beti Calábria tinha as mãos milagrosas para fazer e oferecer ao marido comida de primeira categoria.
Mulher perfeita de cama e cozinha!
Portanto, ele comia bem, em todos os sentidos. Isto não só prende um homem, como também, o torna um pançudo em curto prazo. Mas, é muito recompensador. E como!
E aquele casamento gratificava a esposa pela freqüência e absoluta competência sexual do parceiro, que na cama, na grama, no chão do quintal e onde mais coubessem os dois, estava sempre dizendo: Presente!
Até que:
-Beti Calábria, minha gostosa ‘carcamana “, italianinha tesuda, deixa-me esfregar a cara nestes seios que me enlouquecem, com estas marquinhas do sutiã do seu biquíni – pedia o maridão carente com cara de bebê Johnson.
-Esfrega, macho querido, me leva à loucura e depois, vai abaixando, abaixando...
- Tá bom, mas pára de irradiar ,parece locutora, senão daqui a pouco eu abaixo tanto que vou parar debaixo da cama. Eu sei onde você quer que eu vá, minha adorável, mas antes me dá um ósculo?
Beti Calábria levanta-se, ameaçando vestir as calcinhas e diz:
-Juliano Mauro, estou cheio desta sua tara. Hoje ,ainda é terça-feira ,e esta semana, já dei meu ósculo duas vezes, e você não pára mais de pedir - revoltada tenta sair do quarto, nua e com a calcinha agora, amassada na mão direita.
-Beti Calábria, larga esta calcinha, me dá isso aqui - tentando abrir a mão da mulher!
-Não dou e vou sair desta cama seu tarado. Você só quer agora meu ósculo, tá pensando que eu sinto alguma coisa, quando você “osculhamba-me” toda? E quer saber, não sinto nada, faço só pra te agradar.Bem... até sinto uma coisinha, mas este seu troço é muito grande...
- Você não gosta, Beti Calábria? Preferia que eu fosse um eunuco?
-Que diabo é isso, Juliano, Mauro? Eu não entendo este palavriado difícil que você usa.
-Beti Calábria. eunuco é o cara que não tem o bingolim, é capado...
-Eunuco é esta porcaria? Bem, não posso ser mentirosa com você.Gostar do seu bingolim eu gosto, mas no ósculo dói.
- Betina Calábria, amor da minha vida, então você deve estar com herpes labial, afta na boca, ósculo não dói. É você quem fica horas me pedindo beijo na boca e em tudo que é lugar, o tempo todo.
-Beijo é uma coisa, diferente, Juliano Mauro.
- Então Beti Calábria, estou pedindo um ósculo, um beijo e vai ser nesta boca carnuda gostosa - dizia isto mordendo seus próprios lábios e chupando o ar para dentro como se estivesse querendo aliviar uma dor de dente.
-Espera aí Juliano Mauro, não fica agora querendo disfarçar só para consertar as besteiras que você diz, não...
-Que disfarçar, Beti Calábria? Ficou maluca?
-É isso mesmo você queria botar novamente no meu ósculo e agora vem com esta cara de sonso dizendo que é beijo, aqui ó! - encerra, fazendo aquele sinal característico com o dedão maior daquela linda mãozinha.
Não conseguindo aguentar cena tão tragicômica, Juliano Mauro joga-se na cama e começa a rir de forma incontida e falava, entre uma tomada de respiração e outro riso:
-Beti Calaria, ósculo é beijo, meu amor. Beijo gostoso nesta sua boca, no seu rostinho...
-Ah, Juliano Mauro, mais “culo” em italiano é aquilo mesmo, que, aliás, você pede, dizendo sempre que é pra variar, incrementar e apimentar nossa relação.
-Bobinha, mais quando eu quero não peço, “culo”, nem "os culo" e, sim sua bundinha!
-Ai, Juliano Mauro, não fala assim, pára, pois eu começo a sentir que estou desmoronado...
-Então, desaba aqui em cima da cama, e esquece que você confunde as palavras.