SOBRE A INFIDELIDADE DO SER HUMANO, DO CISNE, E DO LOUVA-DEUS.


Nós, seres humanos - a espécie mais evoluída dentre todas as outras - somos os mais recentes animais sobre a face da terra.

Para não complicarmos muito esta afirmação, basta dizer que, se compararmos a existência do homem e a dos outros animais, com as vinte e quatro horas do dia, teríamos chegado por aqui, no último segundo.

Por exemplo, as baratas, são milhões de anos mais antigas do que nós, por estas bandas.

E além de doença, assustar alguns homens e mulheres, para que serve este troço?

O grande diferencial humano é a nossa capacidade de fazer cultura, ou seja, transformar o ambiente natural pré-existente, para nossa melhor adaptação e sobrevivência, além de dominarmos técnicas, criamos tecnologias e elaborarmos conhecimentos científicos. Desta forma, disparamos na cadeia evolutiva.

Por esta habilidade única, conseguimos neste curto espaço de tempo, nos lançarmos até em viagens espaciais.

Mas, nem tudo são flores.

Também, somos um dos animais mais infiéis, nos relacionamentos amorosos.

O cisne macho fica a vida inteira ao lado da companheira e quando ela morre, ele vai atrás, não de outra fêmea, como fazem os homens e sim, morrem também.

Não precisava tanto.

Já alguns seres humanos, ainda segurando a alça do caixão na qual sua ex-companheira dorme o sono eterno, ele já está olhando para a bunda da mulher da frente, para os seios daquela que não pára de chorar a sua direita, e ainda – apesar de reagir muito a estes instintos inadequados a situação – não consegue tirar os olhos do corpo de uma gostosa com um longo vestido preto a lhe encobrir, coxas perfeitas, roliças e deliciosas, segundo suas fantasias.

Começa a rezar para então, espantar os fluidos negativos.

No reino animal, a fêmea dos Louva-Deus, é a mais devassa e infiel.

As fêmeas comem, devoram, degustam seus machos depois da cópula – nome clássico, conservador e em desuso da famosa, "trepadinha" – por uma razão absolutamente lógica, afinal, para que serve aquele macho que cumpriu suas obrigações de perpetuação da espécie?

Então ficamos combinados assim: Tenhamos um comportamento intermediário entre estes extremos que encontramos referentes aos homens, os cisnes e o Louva-Deus.

Ninguém deve querer viver juntos até a morte, se ela já se faz presente no dia-a-dia daquele amor que deu origem à união, onde tudo era tão lindo, a freqüência sexual intensa e ela lhe chamava de “benhê”.

No entanto, também as senhoras fêmeas não precisam matar seus companheiros depois da cópula e aqui não é nem por uma razão sentimental, mas simplesmente objetiva e constatável pelas próprias mulheres, pois segundo elas, está faltando homem no mercado.

Os poucos que sobram devem ser conservados, mas não em formol,e sim, de maneira mais prazerosa e principalmente ,com a televisão desligada !