TENTANDO EXPLICAR OS SENTIMENTOS: HOMEM E MULHER.

Temos procurado através de intensas pesquisas teóricas, e muito mais práticas, compreender melhor as múltiplas possibilidades que podem ter um homem e uma mulher nos eventos de prazer da sexualidade, quanto aos seus comportamentos, atitudes, emoções e as suas sutis e históricas diferenças.

É tudo muito complexo!

Ele, dotado de um membro fálico e escancaradamente explicito. Ela, com uma formatação biológica formidável, mantêm seu objeto do desejo masculino,mais escondido do que suas barras de chocolate crocante e que as devora à noite e madrugada adentro.

E ainda bem que fica escondidinho, pois se fosse mais aparente nenhum homem sairia de casa.
A natureza dotou a mulher da insubstituível e maravilhosa capacidade divina da procriação,porém,exatamente, para lembrá-la que não é uma deusa impôs-lhe a cíclica rotina mensal de menstruar.

E para sacanear ainda mais, eventualmente, uma TPM.

É como se de forma tenra e amiga dissesse: Menos,
menos!

As mulheres, por esta razão são obrigadas a planejarem melhor seus encontros amorosos, a sua lua de mel, enfim tudo aquilo que ela tem certeza que irá muito além de simplórios e comportados beijos e abraços, com o companheiro.
A imaginação de uma mulher quando marca um encontro para as delicias do sexo, transcende em muito a este simples episódio.

Já pensa, até em que igreja teria mais sorte ao casar-se com aquele seu príncipe encantado e eterno amor - até que morte os separe - e para isso faz até algumas inocentes bruxarias.

Isto pode levá-la, no entanto, a exageros ou ansiedades desnecessárias, pondo em risco tudo o que ela planejou com relativa antecedência, pois algumas mulheres nutrem dúvidas que sempre são as mesmas, nos mais diferentes encontros, e ficam pensando, pensando, pensando, e nunca encontram respostas, como:

A) As mulheres devem ser tímidas ou destemidas, na cama?

Algumas mulheres quando excessivamente, reservadas, só se sentem à vontade com a luz apagada e cobertas. Esta é a de Síndrome do morcego. Transformam a alcova, numa caverna muito mais do que escura!

Possui em contraposição uma habilidade tátil muito desenvolvida. É lógico, é natural este é um princípio compensatório e muito conhecido, pois já que não está vendo, absolutamente nada, apalpa como ninguém. O grande sonho da mulher com Síndrome do morcego é encontrar um homem que tenha o alfabeto em Braile espalhado pelo o corpo.

É um sonho, porque ainda não existe este espécime disponível no mercado. Por estar, literalmente, cega na relação sexual ela fala muito, como se fora um locutor esportivo narrando todos os lances, seja fora ou dentro da pequena área,do tipo:

- “Aí, não”;
-“um pouco mais pra cima”;
- “pro lado”;
- “escorregou”;
- “calma, nesse não seu tarado”;

- “aí , calma...";
- “Vamos juntos?”.

Quanta pretensão, pois o homem, em geral só vai junto é com os amigos tomar cerveja ou jogar futebol.

Esse negócio de "vamos juntos" ,e ao final aquela frase melancólica e desnecessária : "Foi bom pra você?", deveriam ser abolidas do dicionário do prazer humano.

Outro tipo de mulher é aquela, muito extrovertida ,ri muito, altas gargalhadas.

Esta sofre da Síndrome da hiena.

Afinal ainda não aconteceu nada e ela fica até sufocada de tanto rir.

De quê, nem ela sabe. É um circo mambembe?

Homem não gosta disto. Neste ponto, são mais profissionais, pois, não brincam em serviço. A excessiva extroversão leva-as a certa perda do controle músculo-esquelético, tornando-as estabanadas e quebrando algumas coisas de menor valor, como o elefantinho de camelô da mesinha de cabeceira ou aquele abajur de 1,99.

Portanto, um comportamento que seja o meio termo entre a mais experiente garota de programa e uma Vestal Beneditina seria a performance mais aceitável.


B) Ela está amando, ele está fazendo sexo!

Aí reside o grande diferencial entre as cabeças. Por mais que digam que sim, elas sabem que não sabem colocar na prática esta diferença. É uma questão insolúvel e atávica. Está no inconsciente coletivo dos gêneros masculino e feminino.

Este é o nó que a maioria das mulheres não consegue desatar, compreender e absorver no relacionamento sexual.

Desde cedo todo mundo aprende que a mulher parte do amor para o sexo e o homem só consegue amar, se antes amar o sexo com aquela mulher.

Ponto final?

Não! Aí é que começa a saga dos desencontros entre os casais.



Quando ele diz para ela:

- Vira, rápido vira! Então ela logo repreende:

-Precisava falar, assim?- Lógico que para ele precisava. Ele está fazendo sexo e sente-se possuído pela Síndrome do Homem Cavalo. Ele jamais diria:
- “Querida, faça-me a gentileza de ficar em decúbito dorsal com as nádegas acentuadamente, mais elevada que o resto do corpo e empinada num ângulo aproximado de 45 graus em relação a sua cabeça?”

Se ele perder tanto tempo assim, corre o risco de perder também a ereção.

Às vezes já é difícil consegui-la, e correr o risco de na hora ainda perdê-la?

Convenhamos que, também este linguajar , para as loiras por exemplo,vitimas injustificáveis de tantas piadas e zombarias, seria uma aula inexplicável de física quântica.

O macho por ser egoísta, é exibicionista, quer ser sempre aplaudido e reconhecido como um inigualável predador, pegador, espada, caçador e,isto o torna muito arrogante e sempre autoritário e dominador para fazer sexo. Adora ser o dono da cena!

É o caso desta outra pérola literária de má índole, muito usada pelos homens em suas alucinações bem irracionais e instintivas:

-“Cai de boca”.

Na cabeça romântica das mulheres, apesar dela “cair” de qualquer jeito, mas cairia melhor se ele dissesse:

- Minha Princesa, ta vendo isso aqui? É meu falo, nosso falo! Por favor, minha gata, abra sua cavidade bucal e como se estivesse degustando um morango selvagem, abocanhe suavemente este seu idolatrado membro, cuja possibilidade futura de lhe proporcionar um neném e constituir desta forma uma família só depende desta sua aptidão motivadora para minha libido.

Pronto, eis aí as palavras mágicas que fariam aquela mulher arriar os quatro pneus para aquele homem dos seus sonhos dourados: família e neném.

Nunca mais ela fechará a boca!