Uma cidade de duzentos mil habitantes aninhada no Estado de
Santa Catarina e que antigamente se escrevia xapecó pela origem indígena do seu
nome produziu um time de futebol, sempre considerado pequeno neste imenso e
complicado balaio de grandes times de futebol, num país chamado Brasil , cinco
vezes campeão mundial de futebol.
Um grupamento de jogadores que vive em clima absolutamente
familiar, misturados em campos às suas famílias, e nos jogos, na plateia muitas
crianças e casais não raramente abraçados.
Estava começando a voar alto, estes bravos jogadores da
Chapecoense, assombrando o Brasil e no futebol tudo aquilo que espanta o
Brasil, repercute imediato no mundo.
Até que o pagé de xapecó deve ter adormecido e o pássaro de
ferro que levava seus amigos e camaradas, espatifou-se contra os obstáculos que
sempre se antepõem aos pobres e pequenos quando estes insistem em botar a
cabeça para fora das suas origens.
A Chapecoense estava começando a ficar grande, respeitado
por aqui nestas terras Macunaíma e lá fora derrotando ilustres e imensos símbolos
do futebol e o último foi o time do Papa,o San Lourenço da Argentina.
Para ser grande o pequeno deve enfrentar todas as mais
perversas e ameaçadoras montanhas levantadas pelos poderosos, altas, por vezes
instransponíveis, e nesta oportunidade fatal.
Ficaram por ali espalhados no campo indevido, antes de poderem
entrar no campo desejado que era o do futebol.
Os pequenos e os pobres na maioria das vezes pagam com as
próprias vidas suas legitimas pretensões de serem grandes, admirados e passarem
a fazer parte do seleto cadinho daqueles que mesmo podem nunca terem feito
gols, mas conseguem suas posições, comprando os juízes.
Foram-se quase todos os jogadores, morte estupida naquela
montanha hedionda,jogo que não teve inicio, mas teve o falta fatal da sorte que
os derrotou.
Cyro Aranha um conhecido e respeitado brasileiro, quando foi
presidente do C.R.Vasco da Gama cunhou esta frase: “Enquanto houver um coração
infantil, o Vasco será imortal”.
E hoje, nesta triste data, fica emprestado para toda a
população de Chapecó esta certeza.
3 comentários:
Meu amigo: também me irmano nesta tragédia.
Belíssima homenagem.
Bjo
ODETE FERREIRA,
se pudêssemos faríamos muito mais!
Um abração carioca.
Bela homenagem mesmo! No coração de quem os ama nunca serão esquecidos mesmo que as manchetes não sequem as lágrimas.
Obrigada pela visita outro dia no meu blog, fiquei emocionada porque escrever é minha melhor forma de comunicação. Queria publicar publicar e publicar sem nem saber por onde se começa.
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