O cenário desta história é num grande condomínio de apartamentos no bairro de Campo Grande zona oeste do Rio de Janeiro e carinhosamente, apelidado pelos cariocas de Big Field, o que lhe aumentou a importância e status enquanto bairro pois, afinal se você quiser fazer sucesso no Brasil seja uma mulher qualquer fruta ou tenha um nome de forte apelo nórdico , em inglês.
Típico local de moradia desta nova classe média emergente que, segundo os dados oficiais governamentais e portanto não –confiáveis, já atingem hoje, mais de 40 milhões de brasileiros.
Meninos que antes não compravam nada, e meninas que hoje vivem comprando tudo e seus pais, ontem meros desconhecidos dos superlotados trens suburbanos desta eterna cidade maravilhosa e agora, desfilando nos seus potentes carrões 1.0 com ar condicionado de fábrica, são os moradores do Condomínio das Pitangueiras.
O síndico desta confraria de novos emergentes, identificou uma febre entre os moradores por reformas nos apartamentos e todas elas concentradas no item:Pintura.
E que febre!
Nunca se pintou tanto aqueles apartamentos e, sempre sob as vigilantes ordens das mulheres daqueles maridos que jamais se atreveiam discutir a cor da tinta escolhida por suas companheiras e muito menos se intrometerem na execução das reformas e como desculpa sempre a mesma frase:
-Não me meto nisso, é a “patroa” quem decide!
Uma verdadeira e extraordinária onda de sucessivas pinturas nos apartamentos passou a acontecer,a partir do momento que uma moradora, numa das reuniões de condomínio,fez graves acusações ao pintor contratado pelo síndico para atender às senhoras patroas de maridos estressados e ocupadíssimos, neste quesito de reformas gerais.
Irritadíssima a moradora acusava o pintor tê-la assediado sexualmente todos os quatro dias que duraram as pinturas no seu apartamento de uma maneira muito subliminar e dando entender que o referido profissional , trabalhando sempre sem camisa e com um largo calção sem cueca, ao subir na escada para os serviços necessários , exibia propositadamente , suas intimidades a quem ficava lá por baixo , ou seja :Ela.
Típico local de moradia desta nova classe média emergente que, segundo os dados oficiais governamentais e portanto não –confiáveis, já atingem hoje, mais de 40 milhões de brasileiros.
Meninos que antes não compravam nada, e meninas que hoje vivem comprando tudo e seus pais, ontem meros desconhecidos dos superlotados trens suburbanos desta eterna cidade maravilhosa e agora, desfilando nos seus potentes carrões 1.0 com ar condicionado de fábrica, são os moradores do Condomínio das Pitangueiras.
O síndico desta confraria de novos emergentes, identificou uma febre entre os moradores por reformas nos apartamentos e todas elas concentradas no item:Pintura.
E que febre!
Nunca se pintou tanto aqueles apartamentos e, sempre sob as vigilantes ordens das mulheres daqueles maridos que jamais se atreveiam discutir a cor da tinta escolhida por suas companheiras e muito menos se intrometerem na execução das reformas e como desculpa sempre a mesma frase:
-Não me meto nisso, é a “patroa” quem decide!
Uma verdadeira e extraordinária onda de sucessivas pinturas nos apartamentos passou a acontecer,a partir do momento que uma moradora, numa das reuniões de condomínio,fez graves acusações ao pintor contratado pelo síndico para atender às senhoras patroas de maridos estressados e ocupadíssimos, neste quesito de reformas gerais.
Irritadíssima a moradora acusava o pintor tê-la assediado sexualmente todos os quatro dias que duraram as pinturas no seu apartamento de uma maneira muito subliminar e dando entender que o referido profissional , trabalhando sempre sem camisa e com um largo calção sem cueca, ao subir na escada para os serviços necessários , exibia propositadamente , suas intimidades a quem ficava lá por baixo , ou seja :Ela.
E com olhares de soslaios o pintor parecia estar querendo mesmo era cutucar com vara curta, ou longa - um detalhe sem definição- os apetites libidinosos da dona da casa.
Esta denúncia gerou intensos e acirrados debates entre todos,sendo que maioria absoluta das mulheres,defendia o pintor e tentava classificar a moradora que acusava,de recalcada, baranga frustrada,e outras adjetivações menos nobres e aqui certamente,impublicáveis.
Até passeata fizeram!
Verdadeiras ou não tais acusações, o fato é que, a partir daquela histórica reunião de condomínio uma verdadeira onda de pedidos para os préstimos e urgência no atendimento daquele referido profissional, chegava ao síndico que nem tinha como atender àquelas hordas de aflitas e decididas mulheres que, queriam porque queriam, novas cores para os seus até então,pouco convidativos apartamentos de cores muito sóbrias!
Este verdadeiro turbilhão de solicitações vinha sempre acompanhado, após o término dos serviços, por explícita e evidente melhoria da pele das suas usuárias, um olhar mais alegre e satisfeito daquelas que antes pareciam estar à beira de um ataque de nervos e agora, calmas e educadas, caminhavam pelos corredores do condomínio leves,saltitantes e com aquele indisfarçável desejo de “quero mais”.
Ninguém sabe da verdade sobre as acusações daquela moradora, mas a voz corrente entre a oposição era a de que o tiro tinha saído pela culatra.
Esta denúncia gerou intensos e acirrados debates entre todos,sendo que maioria absoluta das mulheres,defendia o pintor e tentava classificar a moradora que acusava,de recalcada, baranga frustrada,e outras adjetivações menos nobres e aqui certamente,impublicáveis.
Até passeata fizeram!
Verdadeiras ou não tais acusações, o fato é que, a partir daquela histórica reunião de condomínio uma verdadeira onda de pedidos para os préstimos e urgência no atendimento daquele referido profissional, chegava ao síndico que nem tinha como atender àquelas hordas de aflitas e decididas mulheres que, queriam porque queriam, novas cores para os seus até então,pouco convidativos apartamentos de cores muito sóbrias!
Este verdadeiro turbilhão de solicitações vinha sempre acompanhado, após o término dos serviços, por explícita e evidente melhoria da pele das suas usuárias, um olhar mais alegre e satisfeito daquelas que antes pareciam estar à beira de um ataque de nervos e agora, calmas e educadas, caminhavam pelos corredores do condomínio leves,saltitantes e com aquele indisfarçável desejo de “quero mais”.
Ninguém sabe da verdade sobre as acusações daquela moradora, mas a voz corrente entre a oposição era a de que o tiro tinha saído pela culatra.
23 comentários:
Olá Paulo..tudo bem?
Muito bom o seu texto,muito bom mesmo..como sempre..
Sou moradora de Campo grande...este bairro maravilhoso,e vc tem razão...cheio de "emergentes",mas acrescento um detalhe:muita gente comendo sardinha e arrotando caviar rsrs.
Um beijo enorme pra ti...
Ja que sou o primeiro! Foi assim que chegamos ao estado de falidos, tanto apartamento, tantos automóveis, tantas classes média! Agora tanta falência. A grandeza das coisas tende em acabar mal tal como as florestas.
Excelente tema
Quase me esquecia de lhe dizer obrigada por só agora chegar e ficar no topo. Pois eu ja faço parte desta pagina a muito tempo.
Obrigado com um abraço.
CLAUDIA SANTOS,amiga de Big Field,
kkkkkkkkkkkk, nossa como você foi cruel e que soco certeiro você acertou na boca do estômago desta gente emergente e agora mesmo que as eructações irão aumentar!
Pô, que legal seu comentário (kkk)
Um abração carioca, minha conterrânea
MANUEL lUIZ,
muita filosofia e muita mais verdades, ainda.
Falou e disse meu "colonizador" amigo kkkkkkkkkkk.
Um abração carioca.
Muito bom!
Vi o link do seu blog em outro, e "humor" é sempre um convite para mim. Dai vim conhecer.
Eu ri muito com a estória.
Abraço,
LELLA.
Pelo visto e demonstrado pelas inumeras moradoras que requisitaram insistentemente pelos serviços "profissionais", com esse pintor não tem broxa, ele passa o rolo mesmo!
Quem sabe com quantas demãos....
abraço procê
Oi LEILA,
se conseguí fazer você sorrir, eis tudo que pretendo quando eu escrevo meus textos.
Fico feliz com você também!
Um abração carioca.
Então LUFE,
esta é a explicação técnica mais convincente.kkkkk
Um abração carioca.
Olá Paulo,sou sua mais nova seguidora.
Adorei seu blog.Me diverti bastante.
Quando puder faz uma visitinha no meu,e diz o que achou.
Um abraço.
SOPHIE,
já fui lá no seu blog: "Mundo de Sophie", gostei muito e recomendo.
E que beleza aquela poesia da Claudia Santos.
Bola prá frente!!!
Um abração carioca.
Paulo, Paulo, Paulo... pelo que te “conheço” suas histórias não são tão “fictícias”. Você pega histórias verdadeiras, dá uma floreada e joga no blog! Paulo, já imaginou o que você pode causar com isso?! Imagina se os cornos ficarem sabendo do atributos do tal pintor?! Pode ser que alguns o parabenize e agradeça, mas pode ter mulher voando pela janela! rsrsrs
Toma jeito, Paulo! rsrsrs
http://pequenocaminho.blogspot.com
OBS: Obrigada pelo toque!
AUDREY,AUDREY,AUDREY,
eu juro de pincéis juntos que a história do pintor não é verdadeira. kkkkkk.
Um abração carioca.
Legal ter citado os gastos dessa classe, aliás estamos no Capitalismo. Agora aqui no meu prédio nunca aconteceu isso hahahaha. Como não é verdade a estória, seria engraçado se fosse. Aqui em casa tenho um pintor melhor que esse da sua estória, mas ele é só meu. Abraço Cynthia
CYNTHIA,
deve ser ótimo um pintor em tempo integral e dedicação exclusiva.kkkk
Fico feliz e muito mais, por você estar sempre com a gente nos ajudando a fazer este nosso blog.
Um abração carioca
Hahahaha...só vc mesmo! Como sempre! E será que isso aconteceu em algum lugar e você trouxe pra cá..hahaha
Saudade de passar por aqui!
Beijão
OI LU DANTAS,
saudade da sua presença também!
Agora com relação a sua dúvida:será, será, será? KKKKKKKKKKKK
Um abração carioca
Olha eu aqui!!! ;)
Seu texto, com uma super pitada de humor, foi um tapa com luva de pelica à classe emergente!
Agora, fiquei aqui pensando, será que na verdade a mulher estava mesmo era chateada pq o pintor não deu bola pra ela e resolveu contra atacar? Bem, definitivamente, o tiro saiu pela culatra. Ficarei aqui com minhas suposições... rsrsrsrs
Grande beijo, querido Paulo!
Inté... JoicySorciere => Blog Umas e outras...
Então JOICY,
tudo pode ter acontecido e vingança de mulher, saí de baixo, pois, são impiedosas. kkkkk
Quer que eu minta?
Um abração carioca.
Olá Paulo,
Apesar de jurar que a história não é verdadeira, com certeza deve saber que pode haver certa "coincidência". Já morei em um condomínio em "Big Field" (tempos muito bons) e posso garantir que... Bem é muito comprometedor!
Você é um espetáculo! Parabéns!
Olá, Paulo
Você acertou em cheio. Pintor gera muitas histórias. Cada uma!!! Essa foi genial. Apesar de que há alguns que são tremendos 171, dão bolo, são porcalhões ou não terminam serviço, etc.
Ao ler o texto, logo me lembrei de um constrangimento por que passei com um pintor, mas foi um acidente daqueles hor-ro-ro-sos... Juro por Deus, Alá, Buda, Jeová, etc. que foi um escorregão por causa do plástico no chão me fez deslizar indo com o braço esticado a procurar apoio. E adivinha onde a mão bateu, amigo carioca? Adivinhou? Lá!!!!!! Nos balangandãs do pintor.
Não sei quem ficou mais sem graça ou com graça. E, ainda por cima, para justificar que eu sou estabanada, acabei dizendo, gaguejando, que "sempre faço isso" , não tem jeito...(querendo dizer desastres).
Beijos
Lucia Regina
wwwnarrativasbreves.blogspot.com.br
Como sempre Paulo, um texto cheio de humor inteligente e crítica satírica, amei! bjs
Uippp...!!! Amei teu Blog ! Belas Crônicas e imagens lindas da Cidade Maravilhosa!
Bjsss...
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