Deocleciano Murilo era destes homens, absolutamente safados! Conhecia centenas de frases feitas para dar cantadas nas mulheres, escolhendo sempre as que, deixassem nas suas futuras "presas" , a impressão de que, guardava um imenso tesouro escondido atrás do zíper da sua calça, verdadeira entrada de uma fechadura mágica!
Considerava-se o maior espetáculo da terra,melhor do que um grande final do majestoso Cirque du Soleil, uma monumentalidade que nenhuma outra mulher encontraria e, para quais e cheio de gracinhas, dizia:
-“Me chama de pequena empresa, que eu lhe mostro meu grande negócio”.
-“Me chama de pequena empresa, que eu lhe mostro meu grande negócio”.
E eventualmente,o "modesto" garanhão pedia emprestado a medicina, os olhos clínicos de um experiente profissional em diagnostico e mandava:
-“Eu olho e examino os seus seios, e através deles tento acompanhar e escutar a morfologia e batimentos do seu coração”
E até, fazendo o papel de um professor de matemática sempre metido a engraçadinho balbuciava nos ouvidos delas:
-“Vou rezar um terço para encontrar um meio de levar você para um quarto”.
Ou seja, era o rei da empáfia, a ação mais valorizada do mercado e a última oportunidade viva de um homem que, poderia fazer qualquer mulher, subir pelas paredes.
Ernestina Maria, sua mulher de papel passado e sacramentado no civil e religioso, sabia da conversa mole do maridão até porque, ele na vizinhança , sempre com as narinas abertas e respiração ofegante como um búfalo no cio,vivia distribuindo gracejos e outras guloseimas românticas para suas amigas, e de forma irresponsável, sem nunca pensar nas consequências.
E a mulher dele que não acreditava em tudo, muito menos em horóscopo, tarô e que poderia perder aqueles seis quilinhos a mais sem fechar a boca, portanto, e os outras conversinhas fiadas, jamais acreditou também, em homem, pois, para ela noventa por cento deles eram infiéis e os outros dez que sobravam: Mentirosos!
Ernestina Maria andava pensando uma maneira de dar ao Deocleciano Murilo, uma licãozinha, para apagar um pouco o fogo daquela fogueira que, parecia não parar nunca de consumir lenha e bolou, uma molecagem para fazer com ele.
Iria deixar propositadamente um caderninho em cima da mesa de jantar e, na capa escrito com letras vermelhas e bem grandes:
"O que devo falar para os homens".
Ele chegou da rua, ela se trancou no banheiro e logo viu aquele caderno, abriu e lá estava logo na primeira frase:
“Esqueça! Brincar de médico clinico geral é para crianças! Vamos logo brincar de ginecologista”.
Perdido no tempo e no espaço feito astronauta que mexeu na alavanca errada e foi expelido para o infinito do cosmos, perguntou aturdido:
-Ernestina Maria, que merda é essa aqui em cima da mesa?
-Um caderninho? Perguntou ela de dentro do banheiro.
-É.
-O que você está vendo, ora essa! O que mais poderia ser?
-Não acredito...
-No que, Deocleciano minha gracinha?
-Logo na primeira frase, sobre ginecologista...
-Ginecologista? – fingiu que estava tentando se lembrar.
-Sim, a frase de brincar de ginecologista - respondeu com voz de meio corno, meio idiota.
-Ah, sim gracinha, é que cansei de ficar brincando neste circo com você seu palhaço. Quero agora variar...
O que se viu depois foi uma cena explicita com muitas risadas e de ambas as partes, já que ele percebeu a armadilha.
Mas o melhor como sempre, estava reservado para o final, pois, ela saindo do banheiro e nua, disse a sua frase planejada para uma cantada fulminante:
-Vai comer agora ou quer que embrulhe?
Lógico que ele comeu, AGORA!!!
9 comentários:
Ah, amigo Paulo, nesses alguns segundos de confusão, Deocleciano provou do próprio artifício, mas já recuperado, não podia se fazer de rogado, não é mesmo, teve que deixar a conversa fiada de lado e se render a cantada da patroa, uns dias de caçador e outros de caça... Gostei do texto, ótima semana e um abração carioca!
LADY VIANA,
pois é, Deocleciano é um fraco .kkk
Abração carioca.
Nada como o humor para resolver situações embaraçosas. Muita paz!
Olá Denise,
embaraçosas e digamos...prazerosas!!! kkk
Um abração carioca e volte sempre.
Oi Paulo
A maioria dos homens é safado, foi por isso quem escolhia meus maridos(um foi pro céu) sempre fui eu.
Eu me casei novamente aos 45 anos, eu quem o escolhi( era daqueles homens.kkk, moldei-o do meu jeito e hoje eu com 68 anos, ele com 57 não desgruda de mim. Por que será?
Esqueceu de mim? Nunca mai veio ao meu blog, mão escrevo como você, mas rascunho meus sentimentos.
Beijos no coração
Lua Singular
DORLI,
estou indo, como sempre fiz , mas nem sempre comentando.
Abração carioca.
Ah, Paulo. Muito bom esse texto.
Adorei a Ernestina Maria :)
Beijão.
Oi HELENA,
realmente ela é muito famosa. Quer dizer...
Um abração carioca.
Mulher que conhece o homem que tem
e sabe tirar proveito é outra história,
né não?
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
muito bom,
bjs
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