O que pode haver de mais interessante numa conversa com a filha? O simples fato dela ser a filha já encaminha as expectativas para momentos de cores mais amenas como a daquele céu azul límpido e claro, chamado pelos aviadores: "Céu de brigadeiro"! Na aviação essa é uma verdadeira benção, como diria minha vizinha evangélica, voar sem nuvens pesadas e sem tempestades inoportunas. Dessa forma o voo segue tranquilo sem maiores turbulências. Lamento se você não tem uma filha para conversar. Estará perdendo momentos mágicos. A razão? Simples, pois a filha que eu me refiro: "Ouve". Nesse pandemônio das conversas em geral, uma filha que ouve é tão valioso como qualquer pepita de ouro achada boiando nas águas claras dos rios e que são chamados de ouro de aluvião. Na época de nossa colonização esse tipo de ouro que, descansa pela erosão das rochas podendo ser visto a olho nu nas águas claras dos rios, fez a riqueza de muitos dos nossos colonizadores e sem precisarem fazer força nenhuma. Assim, é a conversa com a filha, essa filha a que me refiro, desprovida da intenção de querer competir intelectualmente com você mas, sempre pronta, no entanto, a esclarecer aquilo que você esqueceu ou mesmo não sabe!
Não pensem que desprezo a conversa com filhos. Absolutamente! Mas que é muito diferente das conversas com essa filha da qual me ocupo agora. Isso não há dúvida. Estaria sendo injusto com aqueles meninos que vimos crescer e hoje na condição de adultos interiorizaram a maioria das mazelas que nos os seus pais lhe incutimos ou que eles viram durante anos que nós a praticávamos? A filha em questão, não via? Era cega? Sim, sempre e como os nossos filhos, essa filha, especifica da qual estou falando, esteve nessas vivencias menos saudáveis mas, aprendeu a ver muito além dos nossos erros e abraçada na eterna e salutar fantasias das mulheres, optou por querer seguir a frase que hoje está na moda: Não quero ter razão e sim ser feliz!
Desculpem meus meninos.
Querem que eu minta?
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